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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Cientistas da NASA encontraram primeiras partículas interestelares de pó

A NASA divulgou recentemente que, pela primeira vez na história, conseguiu identificar o que parece ser sete raríssimas partículas microscópicas de poeira interestelar, datadas dos primórdios do sistema solar. O material foi encontrado em meio a amostrar obtidas pela espaçonave Stardust da entidade, que retornou à Terra em 2006 após uma jornada de sete anos em que percorreu cerca de 4,8 bilhões de quilômetros no espaço.
Equipada com uma bandeja de aerogel de sílica, a nave capturou uma enorme quantidade de conteúdo durante sua viagem espacial, em meio ao qual estavam as sete partículas especiais. Obviamente, encontrar essas peças em meio ao montante absurdo de poeira obtida foi bem mais difícil do que achar uma agulha em um palheiro.

Seguindo rastros

Segundo a NASA, duas das peças, com apenas dois micrômetros (milésimos de milímetros) de diâmetro, foram isoladas após seus rastros terem sido encontrados por um grupo de “cientistas civis”. Autodenominados “dusters”, esses voluntários escanearam mais de um milhão de imagens como parte de um projeto da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
O terceiro rastro foi encontrado seguindo a direção do vento durante o voo e foi deixado por uma partícula que aparentemente estava se movendo tão rápido que acabou se vaporizando, atingindo mais de 15 km por segundo (cerca de 44 vezes mais rápido que a velocidade do som). “Os voluntários identificaram rastros deixados por outras 29 partículas que pareciam determinadas a serem chutadas da nave para os coletores”, brinca a NASA.
Já as quatro amostras restantes foram encontradas em lâminas de alumínio entre quadrados da bandeja de coleta. Embora essa área não tenha sido planejada para acumular amostras de poeira, uma equipe internacional liderada pelo físico Rhonda Strout do Laboratório de Pesquisa Naval procurou por lá e descobriu quatro pequenos poços cheios de material composto de elementos que se encaixam no perfil de partículas de poeira interestelar.

A ciência da paciência

A composição química desse material varia bastante entre as amostras, sendo as menores bastante distintas das maiores, de forma que as peças parecem ter histórias e origens diferentes. No entanto, algumas delas contém enxofre, o que leva certos grupos de cientistas a argumentar que partículas interestelares não teriam esse elemento.
Dessa forma, todo o material coletado deve passar por análises mais aprofundadas antes que a NASA possa afirmar com certeza que esses dejetos podem nos ajudar a compreender melhor as origens do sistema solar. 

Ecilpses

O que é um eclipse? Quando se dá um eclipse solar? Quando se dá um eclipse lunar? Desde muito cedo na História, os eclipses causaram espanto e terror nos seus observadores. Nos dias de hoje já conhecemos o que causa os eclipses, mas apesar disso o interesse por esses fenómenos astronómicos mantêm-se bem presentes.
Em termos gerais podemos dizer que um eclipse é o obscurecimento ou ocultação de um corpo celeste por um outro corpo celeste relativamente a um observador. Normalmente quando falamos sobre eclipses, falamos de eclipses do Sol ou eclipses da Lua, pois são aqueles que são mais evidentes. Porém existem outros tipos de eclipses, como por exemplo aqueles que acontecem em sistemas binários de estrelas, quando uma das estrelas passa “em frente” da outra (do nosso ponto de vista), diminuindo o brilho do sistema binário. Chamamos a estas estrelas de binárias eclipsantes.
Mas neste artigo vamo-nos debruçar sobre os eclipses do Sol e da Lua.

Eclipse solar

O eclipse solar (ou eclipse do Sol) acontece quando o Sol, a Lua e o planeta Terra estão alinhados, sendo que a Lua fica entre o Sol e a Terra. Nesse caso, o nosso planeta passa pela sombra projetada pela Lua. Para que suceda um eclipse do Sol, a Lua tem de estar na sua fase de Lua nova e ao mesmo tempo tem de estar no mesmo plano (ou muito aproximado) do plano da órbita da Terra em volta do Sol (que chamamos de eclíptica), situação essa que nem sempre ocorre, pois a órbita da Lua em volta da Terra tem uma inclinação de cerca de 5° em relação ao plano da órbita da Terra em volta do Sol. Na maior parte das vezes quando se dá a fase de Lua nova, a Lua projeta a sua sombra “acima” do polo norte ou “abaixo” do polo sul do nosso planeta devido a essa inclinação da órbita.
Existem 3 tipos de eclipses do Sol: total, anular e parcial.
Antes de nos debruçarmos sobre cada um deles, é importante termos em mente que o diâmetro do Sol é cerca de 400 vezes maior que o diâmetro da Lua, sendo que o Sol está cerca de 400 vezes mais longe que a Lua, por isso que visto da Terra, o Sol e a Lua parecem ter um tamanho bastante aproximado. Porém a distância entre o Sol e a Terra e a distância entre a Terra e a Lua variam ao longo do tempo, fazendo com que em certas ocasiões o tamanho da Lua é ligeiramente maior que o tamanho do Sol (visto da Terra), e em outras ocasiões o Sol aparece ligeiramente maior que a Lua.
Eclipse total do Sol acontece quando o tamanho da Lua visto da Terra é suficientemente grande para “tapar” totalmente o Sol. Quando tal fenómeno acontece, apenas é visível numa estreita faixa na superfície da Terra (faixa com algumas centenas de km), sendo que nas regiões próximas a essa faixa pode ser observado um eclipse parcial do Sol. Servindo de comparação, quando acontece o eclipse total da Lua esse eclipse pode ser observado em toda a parte da Terra que está noite, mas em relação ao eclipse total do Sol este não é visível em toda a região que está dia, dado que a sombra da Lua na superfície da Terra é bastante menor abrangendo apenas uma pequena parte desta. A fase em que o Sol está totalmente tapado pela Lua poderá durar no máximo um pouco mais de 7 minutos e meio. Todo o processo que o eclipse passa dura algumas horas.
Eclipse anular do Sol acontece quando estão reunidas as mesmas condições como no caso do eclipse total do Sol, à exceção do tamanho da Lua visto da Terra que neste caso não é suficientemente grande para tapar todo o disco solar, ficando um anel exterior visível da Terra. Tal como no caso do eclipse total do Sol, o eclipse anular do Sol também é visível apenas numa faixa pequena na superfície da Terra, sendo que nas regiões próximas a essa faixa é possível observar um eclipse parcial do Sol.
Eclipse parcial do Sol acontece quando apenas uma parte do Sol é tapado pela Lua.

Eclipse lunar

Eclipse da Lua - Credito NASA
Eclipse da Lua – Credito: NASA
O eclipse lunar (ou eclipse da Lua) ocorre quando temos o Sol, o planeta Terra e a Lua alinhados, com a Terra entre o Sol e a Lua. A Terra projecta “atrás” de si uma sombra e a Lua ao passar pela sombra fica obscurecida. O eclipse da Lua ocorre sempre quando a Lua está na fase de Lua cheia, pois aí temos a Terra entre o Sol e a Lua, estando estes três alinhados. Mas então porquê que quando acontece a Lua cheia não se dá sempre um eclipse lunar? Isto acontece porque a órbita da Lua em volta da Terra tem uma inclinação em relação à órbita da Terra (eclíptica) em volta do Sol. Conforme dito anteriormente essa inclinação é de cerca de 5°. Na maioria das vezes, quando chegamos à Lua cheia, a Lua passa “por cima” ou então “por baixo” da sombra da Terra devido a essa inclinação da órbita. Para que o eclipse da Lua ocorra, é necessário que quando se der a Lua cheia, a Lua esteja no mesmo plano (ou muito aproximado) da eclíptica, para assim a Lua poder entrar na região da sombra do nosso planeta.
Existem três tipos diferentes de eclipses da Lua: total, parcial e penumbral.
Eclipse total da Lua acontece quando a Lua entra totalmente na sombra da Terra. A fase de totalidade deste tipo de eclipse pode chegar a durar mais de uma hora, e todo o eclipse em si poderá demorar várias horas.
Eclipse parcial da Lua acontece quando apenas parte da Lua entra na sombra da Terra.
Eclipse penumbral da Lua acontece quando a Lua entra apenas na penumbra da Lua, não entrando na zona de sombra propriamente dita. Este tipo de eclipse passa bastante despercebido, pois a Lua sempre se mantêm iluminada pelo Sol, diminuindo apenas um pouco o seu brilho.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Astrônomos descobrem “diamante gigantesco” a 900 anos-luz de distância

O maior diamante do mundo, o Cullinan, tem pouco mais de 3,1 mil quilates em estado bruto. Seu valor estimado é de cerca de dois bilhões de dólares, sendo que ele pesa apenas cerca de 620 gramas. Essa pedra valiosíssima, porém, é apenas uma partícula insignificante quando comparada com um diamante do tamanho da Terra, que foi descoberto a 900 anos-luz de nosso planeta.
A princípio, os astrônomos descobriram um pulsar chamado de PSR J2222-0137, que estava gravitacionalmente ligado a outro corpo celeste, uma estrela anã branca perto da constelação de Aquário. Vale ressaltar que os pulsares são estrelas de nêutrons muito pequenas e muito densas com fortíssimo campo gravitacional, que giram rapidamente.
A anã branca ligada ao pulsar tem uma temperatura incrivelmente baixa (para esse tipo de corpo celeste) de cerca de 2.700 graus Celsius, sendo a mais fria que os astrônomos já detectaram. E por ser tão fria é que ela é provavelmente toda composta de carbono cristalizado, bem como os diamantes tão valorizados na Terra.

Do tamanho do nosso planeta

Os cientistas identificaram que essa anã branca, que é como um diamante de formas gigantescas, tem o tamanho da Terra e fica a 900 anos-luz daqui.
"É um objeto realmente notável. Esse tipo de corpo celeste deve ser frequente lá fora, mas elas são tão fracas, que ficam muito difíceis de encontrar”, disse David Kaplan, líder do estudo e professor da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, em um comunicado do National Radio Astronomy Observatory (NRAO).
Kaplan e seus colegas foram capazes de encontrar este tesouro cósmico antes, porque ele tem um companheiro mais “exibido”, o pulsar descrito acima. A anã branca faz um “tango orbital” com o pulsar, que envia um fluxo de ondas de rádio como um feixe de farol. E foi por algumas interrupções nesses sinais de rádio detectados que os cientistas conseguiram perceber que havia algo ligado ao pulsar, que era a anã branca de diamante.
A equipe de pesquisa suspeita que esta anã branca seja o que restou da morte de uma estrela que se resfriou, formando a massa cristalizada de carbono.

Asteroide que desafia as leis da Física pode destruir a Terra em 2880?

                              

Um asteroide visto pela primeira vez na década de 1950, o 1950 DA, pode acabar com a Terra daqui a 866 anos, no dia 16 de março de 2880. A chance de colisão é pequena – apenas 0,3%  –, mas o que chama mesmo atenção são as características do corpo celeste, que parece desafiar as leis da Física.
De acordo com uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tennesse, nos EUA, o asteroide monstro mede cerca de 1.000 metros de diâmetro e possui uma velocidade de rotação absurda: ele dá uma volta completa ao redor de si mesmo a cada duas horas e seis minutos, suficiente para que ele se desintegrasse. Inclusive, o 1950 DA gira tão rápido que chega a apresentar gravidade negativa na altura de seu equador. Se por acaso um astronauta desavisado tentasse chegar até sua superfície, ele seria arremessado para o espaço.
Mas como o asteroide permanece intacto e não se desintegra, como seria o esperado? Segundo os cientistas, estudos para determinar a temperatura e a densidade do 1950 DA levaram à conclusão de que ele apresenta forças coesivas – conhecidas como “forças de van der Waals” –, as quais possibilitam que suas moléculas fiquem unidas.
“Se apenas a gravidade estivesse segurando esse monte de pedras juntas, como geralmente acontece, elas iriam sair voando cada uma para um lado. Portanto, forças coesivas interpartículas devem estar mantendo a união”, explicou o pesquisador Ben Rozitis. Esse tipo de forças coesivas já foi estimado matematicamente em asteroides pequenos, mas ainda não há uma prova definitiva de que elas realmente existam. “Entender o que segura esse asteroide intacto pode ajudar a desenvolver estratégias para evitar futuros impactos”, completou o cientista.
A pesquisa também mostra que algumas técnicas para tentar destruir o asteroide podem causar efeitos ainda piores. Por exemplo, colocar um objeto de grandes proporções no caminho do 1950 DA interferiria nas forças coesivas, fazendo com que o corpo celeste se dividisse em vários asteroides menores que também poderiam se chocar contra a Terra.
Estima-se que o asteroide cairia por aqui com uma velocidade de 60 mil quilômetros por hora, causando uma explosão com força de 44,8 mil megatoneladas de TNT – quase 2 milhões de vezes mais do que a bomba atômica de Nagasaki. Embora a probabilidade de choque contra a Terra seja de apenas 0,3%, isso significa que o corpo possui um risco de impacto 50% maior do que os outros asteroides.
Apesar dos números espantosos, os cientistas afirmam que não há por que se preocupar. Caso se mostre necessário desviar a trajetória do 1950 DA, temos tempo suficiente para utilizar um método simples como cobrir a superfície com pó de carvão ou giz – isso mudaria sua refletividade e permitiria que a luz do sol tirasse o corpo celeste do caminho da Terra.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Poderia haver fósseis dos primeiros seres vivos da Terra na lua?



Sinais de vida antiga poderiam estar espalhados na lua, só aguardando um intrépido explorador para encontrá-los. Isso de acordo com físicos que testaram o que aconteceria se um pedaço de rocha contendo fósseis microscópicos da Terra fosse lançado para o espaço e tivesse caído na superfície lunar. Encontrar um desses nos daria um vislumbre intocado dos organismos primitivos que existiram nos primórdios do nosso planeta.
Meteoritos encontrados na Terra e que foram criados por impactos no solo da lua e Marte sugerem que corpos cósmicos regularmente trocam materiais sob essas condições. Alguns pesquisadores, inclusive, afirmam que alguns desses meteoritos mostram sinais de bactérias fossilizadas, sendo a mais famosa a rocha de Marte ALH 84001. No entanto, a evidência é fraca e ignora uma questão fundamental, diz Mark Burchell da Universidade de Kent, Reino Unido.
“Mesmo que existissem fósseis em uma rocha, ninguém se perguntou se eles iriam sobreviver”, afirma. Para descobrir, Burchell e seus colegas tentaram simular as condições que as diatomáceas fossilizadas – algas microscópicas com formas detalhadas – enfrentariam em uma viagem daqui até a lua.
A equipe pulverizou rochas contendo estes fósseis, misturou com água e, em seguida, congelaram, replicando um meteoroide. Usando uma pistola de ar comprimido de grande porte, arremessaram a bola de gelo contra um tanque com água. Esse experimento simula o que acontece após um impacto próximo lançar uma pedra em órbita a altas velocidades e depois submetê-la à desaceleração e às altas pressões provocadas pelo impacto no solo lunar.

Micróbios na lua

Nenhum dos fósseis ficaram intactos, porém a equipe encontrou fragmentos reconhecíveis, mesmo incrementando a velocidade de impacto em cerca de 500 metros por segundo até o valor provável que atinge um meteorito – cerca de 5 quilômetros por segundo. Para Burchell, recuperar o menor fragmento que seja do passado da Terra já é bastante promissor.
“A Terra é tão geologicamente ativa que destruiu qualquer evidência fóssil de seres vivos da Terra primitiva, mas na Lua estariam bem preservados. Há uma boa chance, mesmo em fragmentos, de encontrar algo”, diz ele. Descobri-los poderiam fornecer uma riqueza de informações sobre o passado da Terra.
Exploradores robóticos e humanos trouxeram de volta centenas de amostras lunares, mas até agora ninguém encontrou um meteorito da Terra na lua. Christian Koeberl, da Universidade de Viena, na Áustria, aponta que a atmosfera da Terra é densa e possui alta gravidade, em comparação com a lua e Marte, e isso faz com que seja mais difícil para as rochas escaparem. Porém, ele concorda que, embora difícil, não é impossível que isso ocorra.
“Vale a pena perseguir esse ideal”, diz Kieren Torres Howard, da Universidade de Nova York. “A ideia de que fragmentos de rochas da Terra espalhados na superfície lunar poderiam conter preservados registros fósseis e que abrangem grande parte da história da Terra é intrigante”, diz ele. “Na verdade, descobri-los seria incrível! Outra razão para a qual devemos voltar à Lua”.

4 teorias sobre planetas hipotéticos que já fizeram parte do sistema solar!

Muito tempo antes que a ciência declarasse que Plutão não passa de um planeta anão e determinasse oficialmente que o nosso Sistema Solar é composto por oito integrantes, vários corpos hipotéticos foram propostos para explicar discrepâncias orbitais e outras peculiaridades. Mas não pense que todas essas teorias eram absurdas.
Algumas das ideias são bem interessantes e, em sua época, chegaram a fazer muito sentido.Reuni algumas teorias sobre planetas hipotéticos em um interessante artigo, e nós selecionamos quatro para você conferir:

1 – Vulcano

Fonte da imagem: Reprodução/NASA
A existência deste planeta hipotético foi proposta no século 19 por Urbain Le Verrier para explicar algumas bizarrices observadas na órbita de Mercúrio. O cientista se baseou em uma teoria apresentada por ele mesmo, na qual ele concluiu corretamente que a órbita irregular de Urano era provocada pela força gravitacional de algum planeta desconhecido — neste caso, Netuno —, a mesma ideia foi aplicada novamente para justificar o que acontecia com Mercúrio.
Netuno foi descoberto no local que Le Verrier calculou que estaria. Entretanto, no caso de Mercúrio, apesar de alguns cálculos realmente indicarem a presença de “Vulcano” — que foi como o cientista batizou o planeta hipotético — por ali, sua existência nunca foi comprovada. A justificativa da órbita bizarra só foi ser compreendida anos mais tarde, com a Teoria da Relatividade de Einstein.

2 – Faeton

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Outro planeta hipotético que já integrou o nosso Sistema Solar é Faeton. Proposto pelo astrônomo Heinrich Wilhelm Matthäus Olbers em 1802, esse planeta estaria localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, e sua destruição teria dado origem ao cinturão de asteroides que existe por ali.
Essa teoria, aliás, fazia muito sentido, pois, de acordo com inúmeros cálculos, realmente deveria ter existido um planeta entre Marte e Júpiter, e a presença do cinturão sugeria que em algum momento ele existiu. Contudo, hoje há um consenso entre os astrônomos de que Faeton nunca poderia ter existido, pois as grandes perturbações gravitacionais exercidas por Júpiter jamais teriam permitido que a matéria se fundisse para formar um planeta.

3 – Antiterra

Fonte da imagem: Reprodução/NASA
Imagine o tamanho do Sol com relação à Terra. Gigantesco, não é mesmo? Agora considere que o nosso planeta, além de girar em torno do próprio eixo, também orbita ao redor do Sol, assim como os demais planetas que compõem o Sistema Solar.
A Antiterra — ou Antichton, como foi chamada por Filolau, o filósofo grego que propôs sua existência no século 5 a.C. — era um planeta invisível que apresentava o mesmo comportamento que a Terra, e se interpunha entre o nosso planeta e o Sol permanecendo, portanto, sempre escondido atrás da estrela.
Contudo, o que Filolau não considerou é que, se realmente existisse um planeta do outro lado do Sol, seria possível observar e medir sua influência sobre as órbitas de Marte e Vênus. Por outro lado, se a Antiterra fosse pequenina, seria a sua órbita a afetada por esses dois planetas, eventualmente tornando-se visível para nós, os terráqueos.

4 – O Décimo Planeta

Fonte da imagem: Reprodução/NASA
Embora a contagem atual no Sistema Solar seja de oito planetas, por muito tempo Plutão fez parte da lista, sendo considerado como o nono. Aliás, não faz tanto tempo assim, houve um grande debate sobre a existência de um décimo planeta também, localizado mais além de Plutão, e ele não seria o único. Calma... já explicamos.
Nem todos os planetas que existem por aí são corpos gigantescos. Muitos são pequeninos e, portanto, difíceis de encontrar. Mas, nos últimos anos, uma enorme quantidade de “décimos” planetas foi descoberta pelos astrônomos e, para não acabarmos com uma lista interminável de integrantes no Sistema Solar, foi necessário que os cientistas reconsiderassem a ideia de planeta.
A partir dessa discussão, ficou estabelecido que, para ser considerado “planeta”, o objeto deve estar em órbita ao redor do Sol, ser massivo o suficiente para ter formato esférico e manter o equilíbrio hidrostático a partir da própria gravidade, e ser gravitacionalmente dominante. Assim, segundo a nova definição, Plutão perdeu o título de planeta e o nosso Sistema Solar passou a contar oficialmente com oito planetas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O Sol-a nossa estrela


Sol (do latim sol, solis ) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas,planetas anõesasteroidescometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou 1 unidade astronômica (UA). Na verdade, esta distância varia com o ano, de um mínimo de 147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA) no perélio (ou periélio) a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros (1,017 UA) no afélio, em torno de 4 de julho. A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à TerraEnergia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta.15 A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra.16
É composto primariamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), com traços de outros elementos, incluindo ferroníqueloxigêniosilícioenxofremagnésionéoncálcio e crômio.
Possui a classe espectral de G2V: G2 indica que a estrela possui uma temperatura de superfície de aproximadamente 5 780 K, o que lhe confere uma cor branca (apesar de ser visto como amarelo no céu terrestre, o que se deve à dispersão dos raios na atmosfera); O V (5 em números romanos) na classe espectral indica que o Sol, como a maioria das estrelas, faz parte da sequência principal. Isto significa que o astro gera sua energia através da fusão de núcleos de hidrogênio para a formação de hélio. Existem mais de 100 milhões de estrelas da classe G2 na Via Láctea. Considerado anteriormente uma estrela pequena, acredita-se atualmente que o Sol seja mais brilhante do que 85% das estrelas da Via Láctea, sendo a maioria dessas anãs vermelhas. O espectro do Sol contém linhas espectrais de metais ionizados e neutros, bem como linhas de hidrogênio muito fracas.
coroa solar expande-se continuamente no espaço, criando o vento solar, uma corrente de partículas carregadas que estende-se até a heliopausa, a cerca de 100 UA do Sol. A bolha no meio interestelar formada pelo vento solar, a heliosfera, é a maior estrutura contínua do Sistema Solar.
O Sol orbita em torno do centro da Via Láctea, atravessando no momento a Nuvem Interestelar Local de gás de alta temperatura, no interior do Braço de Órion da Via Láctea, entre os braços maiores Perseus e Sagitário. Das 50 estrelas mais próximas do Sistema Solar, num raio de até 17 anos-luz da Terra, o Sol é a quarta maior em massa. Diferentes valores de magnitude absoluta foram dados para o Sol, como, por exemplo, 4,85, e 4,81. O Sol orbita o centro da Via Láctea a uma distância de cerca de 24 a 26 mil anos-luz do centro galáctico, movendo-se geralmente na direção de Cygnus e completando uma órbita entre 225 a 250 milhões de anos (um ano galáctico). A estimativa mais recente e precisa da velocidade orbital do sol é da ordem de 251 km/s.
Visto que a Via Láctea move-se na direção da constelação Hidra, com uma velocidade de 550 km/s, a velocidade do Sol relativa à radiação cósmica de fundo em micro-ondas é de 370 km/s, na direção da constelação Crater.


The Sun by the Atmospheric Imaging Assembly of NASA's Solar Dynamics Observatory - 20100819.jpg
Dados observacionais
Distância média
da Terra
1,496×1011 m
8,317 min (499 sec), na velocidade da luz
Magnitude aparente (V)−26,74 1
Magnitude absoluta4,85 2
Classificação estelarG2V
MetalicidadeZ = 0,0177 3
Diâmetro angular31,6′ – 32,7′ 4
Adjetivosolar5
Características orbitais
Distância média
do centro da Via Láctea
~2,5×1020 m
26 000 anos-luz
Período orbital galáctico(2,25–2,50) × 108 anos
Velocidade~2,20×105 m/s
órbita em torno do centro da Galáxia

~2×104 m/s
relativo à velocidade média de outras estrelas na vizinhança estelar.
Características físicas
Diâmetro médio1,392×109 m1
109 × Terra
Raio equatorial6,963×108 m6 7
109 × Terra7
Circunferência equatorial4,379 × 109 m7
109 × Terra7
Achatamento9 × 10−6
Área de superfície6,0877 × 1012 km27
11 990 × Terra7
Volume1,412 × 1018 km3 7
1 300 000 × Terra
Massa1,9891 × 1030 kg1
332 900 × Terra7
Densidade média1,408 × 103 kg/m31 7 8
Densidade por região9Núcleo: 1,5 ×10 5 kg/m3
Base da fotosfera: 2×10−4kg/m3
Base da cromosfera: 5×10−6 kg/m3

Coroa solar: 1×10−12 kg/m3
Gravidade na superfície equatorial274,0 m/s2 1
27,4 g
28 × Terra7
Velocidade de escape
(da superfície)
617,7 km/s7
55 × Terra7
Temperatura
da superfície (efetiva)
5 778 K1
Temperatura
da coroa solar
~5×106 K
Temperatura
do núcleo
~15,7 × 106 K1
Luminosidade(Lsol)3,846 × 1026 W 1
~3,75×10 28 lm
~98 lm/W eficiência
Intensidade (Isol)2,009 × 107 W·m−2·sr−1
Características de rotação
Obliquidade7,25° 1
(para a eclíptica)
67,23°
(para o plano galático)
Ascensão reta
do pólo norte10
286,13°
19h 4min 30s}}
Declinação
do pólo norte
+63,87°
63°52' N
Período derotação sideral
(na latitude 16°)
25,38 dias 1
25d 9h 7min 13s10
(no equador)25,05 dias1
(nos pólos)34,3 dias1
Velocidade de rotação
(no equador)
7,189×103 km/h7
Composição fotosférica por massa11
Hidrogênio73,46%
Hélio24,85%
Oxigênio0,77%
Carbono0,29%
Ferro0,16%
Enxofre0,12%
Néon0,12%
Nitrogênio0,09%
Silício0,07%
Magnésio0,05%